Top 11: os discos que ouvi pra caralho – parte III

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:
(Pronto, acabei a lista. Deixei as mulheres pro final pra encerrar com um cheiro mais gostoso no ar, sabe? E coincidentemente os três álbuns são ao vivo... sabe como é: mulher sempre é melhor ao vivo! Mas pra não deixar as outras duas partes com ciúmes, vou repetir o mesmo texto introdutório... ui!)


Todo mundo tem sua lista de grandes discos que marcaram sua vida, com as músicas que mais te falavam aquilo que você precisava ouvir na época, que te fazem lembrar momentos bons, ruins, ótimos e péssimos. Uma viagem, um beijo, uma paixão, uma desilusão, um sentimento, uma era. Pense nos seus e veja se não é possível sentir tudo de novo apenas ao ouvir a introdução de uma música?

Pois bem: resolvi fazer a minha. Mas como todos fazem “As 10 Mais”, “Os 5 Melhores”, sempre usando números batidos, resolvi lançar o meu Top 11. Por que onze? Porque eu quis, oras... o blog é meu!

Vou dividir em três partes e os discos não estão em ordem nenhuma. Apenas coloquei conforme fui me lembrando deles e da época em que os ouvia pra caralho. Alguns não são os melhores do artista em questão, mas são os que mais me marcaram de alguma forma. São aqueles que ainda tenho o CD, guardo com carinho, tiro o encarte pra folhear...


:: The Corrs - Unplugged
Ah, The Corrs... como não ficar apaixonado pela Andrea, gente? Uma das coisinhas mais gostosas que já vi na vida. Sensual, meiga, canta como um anjo, morena, linda... Já me declarei em outro texto, não vou ser redundante (apesar de ela merecer).

Enfim, esse álbum em questão traz basicamente o que a banda tem de melhor. Músicas deliciosas de ouvir, um trabalho vocal impecável das três irmãs - e instrumental também. É como se você estivesse envolto por anjos que sabem o que você está sentindo, conhecem suas dores, seus desejos, suas frustrações. Fazer analogia com anjos foi brega, eu sei, mas é realmente algo muito do caralho essa banda e esse disco. (E a Andrea merece isso também)

Você escuta as faixas e se identifica com todas. É realmente impressionante o poder desse trabalho: te faz refletir, as melodias te deixam suscetível, as letras te escancaram, as vozes te confortam...

Abre com a clássica Only When I Sleep, passando pelas deliciosas What Can I Do?, Radio, Runaway (quem nunca quis fugir com alguém não vai entender a beleza dessa música), So Young e At Your Side (as cinco são verdadeiras declarações poéticas sobre o que é, de fato, uma paixão, um sentimento, uma saudade, uma vontade), chegando na fodástica versão para Everybody Hurts, do REM. Superou a versão original e desbancou todas as outras que fizeram.

Não tem como ficar imune ou indiferente a esse álbum. Se estiver vivendo um amor inventado, ouça; se está sem ninguém, ouça também; se está no meio de uma paixão e sem esse alguém, ouça ainda mais.


:: Melissa Etheridge – Live and Alone
O que esperar de um show onde a Melissa segura sozinha, por duas horas, a apresentação usando apenas sua voz e um violão? Enfadonho? Cansativo? Não: uma das melhores apresentações ao vivo que já vi na vida. Não cansa, não enjoa, faz quem assiste querer mais, se embebedar nessa voz e ouvir novamente na ressaca.

Sou bem suspeito ao falar da cantora e da pessoa, já que pago pau descaradamente pras duas. É foda, canta pra caralho, tem postura, engajamento, coragem, coração... Tudo o que imaginar de bom e louvável tem ali, viu? Sem falar que aquela voz rouca te deixa arrepiado de tesão e de emoção... E você olha pra Melissa e pensa: “porra, eu me sentaria num bar com ela e beberia tudo até o dia amanhecer”.

Além dos clássicos como Come to My Window (que abre o show e já ganha seu coração), No Souvenirs, You Can Sleep While I Drive (de novo: quem nunca quis fugir com alguém não vai entender a beleza dessa música), Bring Me Some Water e Like the Way I Do, as outras faixas “menos conhecidas” vão te mostrar toda a potência da voz dessa mulher.

Em Occasionally, apenas canta e “batuca” no violão e é genialmente simples e bonito. Em Chrome Plated Heart, usa o chão do palco como instrumento de percussão acompanhando a guitarra e você solta um “puta que me pariu, Melissa... VTNC!”.

Em All American Girl e Royal Station 4/16, brinca com o violão, com a platéia, com a música, com o mundo. Um absurdo o que ela faz sozinha... sem brincadeira: você olha e fica sem reação. A mulher está dominada e dominando. É apaixonada e apaixona. É deslumbrante e deslumbra.

Mas é em “The Weakness in Me” que me desmontou de um jeito difícil de acontecer. Sentada ao piano, toca uma das mais lindas, viscerais e sinceras melodias que já tive o prazer de conhecer e admirar e me apaixonar. O dilema e o impasse impressos na letra são de uma beleza cruel demais. Você se rasga de chorar ouvindo essa porra...

Melissa não é apenas uma cantora, não é apenas uma música ou uma artista: é uma divindade.


:: Maria Rita – Samba Meu (ao vivo)
Como coloquei Velhas Virgens como o representante nacional na ala masculina, nada mais justo do que colocar a dona das melhores pernas do cenário brasileiro – que me perdoem os fãs da Ivete (se não perdoarem, foda-se, também).

E acaba sendo a grande antítese da lista: um álbum de samba. Gosto do ritmo, até ouço de boa, mas até então nunca tive acesso pra valer a um disco todo de samba. Ouvia uma ou outra música “emprestada”, mas nunca me animei em ter um álbum só assim. Aí vem a delicinha da Maria Rita e lança esse ao vivo, num show igualmente delicioso. Até poderia fazer uma comparação nada injusta: Maria tem a forte performance no palco como a Melissa e a voz tão deliciosa quanto a Andrea. É forte e suave, meiga e sensual, você quer morder e quer aninhar. É um paradoxo essa mulher.

E tal paradoxo\antítese está estampado em todo o disco (não é só feito de samba): em Samba Meu / O Homem Falou, começa doce, querendo colo e depois explode, dando um tapa na cara. Em Tá Perdoado, chama de volta, dando carinho. E assim segue... Como não se encantar? Ainda mais com as pernas torneadas de Maria do Socorro. (Socorro, hein, Maria?!)

A ressaca vai e volta em Novo Amor e Trajetória; você canta ao vento, rasgando a garganta em O Que é o Amor; descansa o Corpitcho quando chega no Caminho das Águas... Mas o que mais me soa familiar é Cara Valente. Desnecessário dizer o porquê: não sou de nada, só tenho cara amarrada, vivendo num mundo de mágoas que aprenderam a nadar e a beber (não dá mais pra afogá-las em bebidas).

É um álbum gostoso de uma cantora gostosa com uma voz gostosa. Valem a pena, pois.

THE END…? NÃO! TO BE CONTINUED DE NOVO, NOVAMENTE, AGAIN!
LOGO TEM OUTROS TOP11... QUANDO ME DER VONTADE.

1 comentários:

  1. Karola disse...
  2. salve a seleção aqui, muito boa...
    a maioria eu tenho ou já ouvi, mas tem alguns que vou baixar ^^
    mesmo pq seu gosto musical é tão bom quanto você hihihihi

    beijos Ogro, adoro-te

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