Passei o dia hoje a beber
Ontem virei a noite assim
É só o que sei fazer
quando estás longe de mim
Tropeço no vão
dos meus pensamentos
Ouço vozes da indiferença
causadas pela ausência
deste novo afastamento
Neste novo caminho que por ora
teu cotidiano te faz percorrer
Recaminhas antigos amores
Revisitas antigas saudades
E faz com que tu me percas
nos vãos dos teus sentimentos
Já não sentes mais minha falta
Já não buscas mais meu afago
Já não pensas mais tanto em mim
Já te cansas de novo deste fardo
Todas as dúvidas me corroem
Tantas certezas me consomem
que me jogam de novo de volta
ao frio vazio da minha companhia
A cada semana tragada pelo tempo
neste cinzeiro chamado vida
Suplico ao vento e ao tempo
enquanto fujo do convívio
dos poucos que me cercam
para chorar escondido
a dor de um amor fugido
Que tragam a fagulha de um alento
Que te façam ouvir o meu lamento
Venha logo e me cale
Quebre tudo e me fale
Cale aquilo que me quebra
Venha agora e me tome
Mas por favor, não se tarde
pois já não aguento mais
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