O apogeu de uma vontade

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:
Olhe agora para fora
A Lua hoje está mais perto
De certo, ficou sabendo
Que minha vida anda um deserto
Veio ver se era verdade
Toda essa minha vontade
Que sinto em meu peito aberto

Quantas vezes não me viu
Aqui de baixo te olhando?
E quantas vezes não me ouviu
No meu canto, soluçando?
De tanto ver minha saudade
Aproximou-se com austeridade
Por não aguentar me ver chorando

Mesmo longe, eu te entendo
De estar mais próxima gostaria
Mas tua presença durará pouco
Tão logo a noite se acabe em dia
Aproveite tua proximidade
Esqueça, pois, minha fragilidade
E aqueça um pouco esta noite fria

Olhe, Lua, hoje te imploro
Me ouça com atenção
Sei que pode me ouvir
E escutar meu vil sermão
Percorra esta cidade
Encontre a cumplicidade
Daquela que partiu meu coração

Invada aquelas portas
Quebre as barreiras do tempo
Nos transporte ao passado
Aos dias que bem me lembro
Nos banhava sua claridade
Nos aquecíamos na eternidade
Que durava aquele momento

Quebre o silêncio do frio
Dure o tempo de um cigarro
Enquanto aceso e fumado
Diga a ela que me agarro
Em toda minha ingenuidade
Da minha franca lealdade
Deitado agora em meu carro

A faça olhar para cima
E te ver como eu te vejo
A faça sentir o clima
Do sentimento que apedrejo
Com golpes de crueldade
Por lembrar da intensidade
Do nosso mais tenro beijo

Roube do seu rosto um riso
Em sua pele cause um arrepiar
Ao sentir o vento frio
Que a acompanha ao te olhar
Mostre a invencibilidade
Da nossa fiel realidade:
Por ela ambos iremos esperar

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