Me deu cinco minutos de frescura

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:
Entra ano
sai ano
começa de novo
pra recomeçar
novamente.

E o que sobra
dessa dança dos meses
são as pessoas
que passam por você.

De amigos não tenho
uma legião
Mas os poucos que tenho
são fodas.
Não são numerosos,
mal enchem uma mão,
mas fazem um barulho
digno de uma multidão.

Me batem, me cobram
me xingam, tiram sarro
e me fazem ver
mesmo aquilo
que não quero
rever.

Seja num telefona de madrugada
embriagado,
seja num presente entregue
escondido,
seja numa mensagem enviada
reforçando,
seja num pedido de socorro
soluçando,
ou seja apenas num agradecimento
espontâneo.

São esses quatro ou cinco
que notam minhas mentiras
camufladas de verdades.

São eles que agradecem
cada vez que os mando
tomar no cu.

São piores do que eu.
E por isso são os
melhores.

Ainda acreditam
em mim.
Eu não sei o que ainda
fazem aqui.
Mas confesso que gosto
de tê-los por perto.
Mesmo que por aí.

Pronto, já passou.

8 comentários:

  1. MAGIANTIGA disse...
  2. Amei seus 5 minutos de frescura.. e vou amar mais se souber que estou dentro desses amigos que mal cabem nos dedos de uma mão!
    Te considero, dentro da sua insana sinceridade, uma pessoa única, singular, e que dentro da sua singularidade consegue combinar tantos e mistos sentimentos que o fazem conhecer e reconhecer sentimentos de outros de tal forrma, que demonstra sua sensibilidade!
    E isso é impagavel meu amado Ogro!
    Te amodoro do fundo do meu coração!
    (mesmo sendo teen demais rs)

  3. Unknown disse...
  4. Ahhhh a idade deixando esse ogro fresco!!! E pior, nem posso dizer q estou estranhando... Pq não estou! Querido amigo, muitas felicidades pra vc!!! Fico feliz por conhecer e reconhecer vc sempre fresco assim! As vezes emburrado, enciumado, dando cagada, lição de moral... Olha, Fe! Vc eh um amigo do caralho! VTNC!!

  5. F Voigt disse...
  6. O que será (À flor da pele)
    Chico Buarque
    Composição: Chico Buarque

    O que será que me dá
    Que me bole por dentro, será que me dá
    Que brota à flor da pele, será que me dá
    E que me sobe às faces e me faz corar
    E que me salta aos olhos a me atraiçoar
    E que me aperta o peito e me faz confessar
    O que não tem mais jeito de dissimular
    E que nem é direito ninguém recusar
    E que me faz mentir e me faz suplicar
    O que não tem medida, nem nunca terá
    O que não tem remédio, nem nunca terá
    O que não tem receita

    O que será que será
    Que dá dentro da gente e que não devia
    Que desacata a gente, que é revelia
    Que é feito uma aguardente que não sacia
    Que é feito estar doente de uma folia
    Que nem dez mandamentos vão conciliar
    Nem todos os ungüentos vão aliviar
    Nem todos os quebrantos, toda alquimia
    Que nem todos os santos, será que será
    O que não tem descanso, nem nunca terá
    O que não tem cansaço, nem nunca terá
    O que não tem limite

    O que será que me dá
    Que me queima por dentro, será que me dá
    Que me perturba o sono, será que me dá
    Que todos os ardores me vêm atiçar
    Que todos os tremores me vêm agitar
    E todos os suores me vêm encharcar
    E todos os meus nervos estão a rogar
    E todos os meus órgãos estão a clamar
    E uma aflição medonha me faz suplicar
    O que não tem vergonha, nem nunca terá
    O que não tem governo, nem nunca terá
    O que não tem juízo

  7. Anônimo disse...
  8. Para voce, neste seu aniversário. TE AMO......voce sabe!

  9. F Voigt disse...
  10. Para voce... um pouco de Chico, desta vez Buarque

  11. F Voigt disse...
  12. O Que Será (A flor da Terra)
    Chico Buarque
    Composição: Chico Buarque & Milton Nascimento

    O que será que será
    Que andam suspirando
    Pelas alcovas?
    Que andam sussurrando
    Em versos e trovas?
    Que andam combinando
    No breu das tocas?
    Que anda nas cabeças?
    Anda nas bocas?
    Que andam acendendo
    Velas nos becos?
    Estão falando alto
    Pelos botecos
    E gritam nos mercados
    Que com certeza
    Está na natureza
    Será, que será?
    O que não tem certeza
    Nem nunca terá!
    O que não tem concerto
    Nem nunca terá!
    O que não tem tamanho...

    O que será? Que Será?
    Que vive nas idéias
    Desses amantes
    Que cantam os poetas
    Mais delirantes
    Que juram os profetas
    Embriagados
    Está na romaria
    Dos mutilados
    Está nas fantasias
    Dos infelizes
    Está no dia a dia
    Das meretrizes
    No plano dos bandidos
    Dos desvalidos
    Em todos os sentidos
    Será, que será?
    O que não tem decência
    Nem nunca terá!
    O que não tem censura
    Nem nunca terá!
    O que não faz sentido...

    O que será? Que será?
    Que todos os avisos
    Não vão evitar
    Porque todos os risos
    Vão desafiar
    Porque todos os sinos
    Irão repicar
    Porque todos os hinos
    Irão consagrar
    E todos os meninos
    Vão desembestar
    E todos os destinos
    Irão se encontrar
    E mesmo padre eterno
    Que nunca foi lá
    Olhando aquele inferno
    Vai abençoar!
    O que não tem governo
    Nem nunca terá!
    O que não tem vergonha
    Nem nunca terá!
    O que não tem juízo...(2x)
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  13. F Voigt disse...
  14. Mais um pouco de Chico. Veja as duas letras, e em qual delas voce mais se encontra...bjs

  15. Thiago Peixoto disse...
  16. Sensacional esses versos, retrata bem a forma com que encaro minhas amizades e a importância que dou a elas na minha vida. Parabéns!

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