Escrevo poemas, prosas, contos que ninguém lerá.
Se escrever é esquecer, Fernando Pessoa,com sua licença, então, mas hoje
sofrerei de amnésia.
Um milhão de vidas ignorei ao escrever e
ignorarei outro milhão enquanto viver.
Se o poeta é um fingidor, fingirei quantas vezes
Preciso te esquecer pois estou morrendo.
De mentiras e neuroses me enchi
mas és uma delícia e eu tenho que parar.
És meu ode a doença e preciso me jogar
para me livrar dessa doença.
Me joguei em busca de uma nova corda
Em matéria de amor, não há fórmulas eficazes,
Um milhão de vidas ignorei ao escrever e
ignorarei outro milhão enquanto viver.
Se o poeta é um fingidor, fingirei quantas vezes
preciso for.
Nossos corpos quebram nossas fronteiras,
mas continentes emocionais
nos afastam fisicamente, constantemente.
Nossos corpos quebram nossas fronteiras,
mas continentes emocionais
nos afastam fisicamente, constantemente.
Por que você mente?
Ainda me impressiono com o poder
que depositei em suas mãos, a ponto
que depositei em suas mãos, a ponto
de uma linha ferir mais que uma lauda
e um suspiro minar ainda mais o ar represo.
Antes tivéssemos problemas tão banais,
Antes tivéssemos problemas tão banais,
comuns ao olhar alheio, mas nosso amor é
nada, nada, nada convencional.
Preciso te esquecer pois estou morrendo.
E morrerei. Mas tenho de vida menos do que já vivi
e não posso perder tempo sobrevivendo,
esperando, enganando, chorando.
Tenho sede e pessoas são minhas leituras em braile.
Fico fora de mim com sua procura mas ainda prefiro
minha renuncia. Ser intenso é difícil e é tão difícil dizer não
Ah, esse dilaceramento do passado batendo
a minha porta, mas voando pela janela.
a minha porta, mas voando pela janela.
Diz que sente a falta, mas não fará falta o que sente.
Perdi a conta de quantas vezes te disse
nunca mais e quantas vezes mais voltei atrás.
Brincarei de viver um amor por vez e
você perderá sua vez, um dia.
De mentiras e neuroses me enchi
mas és uma delícia e eu tenho que parar.
És meu ode a doença e preciso me jogar
para me livrar dessa doença.
Me joguei em busca de uma nova corda
ainda ausente de nós e agora estou em queda livre
com duas cordas, uma infectada, outra saudável.
Terei o pescoço envolto por uma delas.
Uma corda de salvação,
mas ainda sendo armada
Outra corda insegura, ciumenta, mentirosa
Que não sente e apenas inventa e inverte.
Entrarei em ebulição quando a saudade ascender.
Mas é da corda mais deliciosa, com um cheiro maravilhoso,
onde dormimos encaixados, deliramos e somos depravados,
que sinto mais falta.
Que não sente e apenas inventa e inverte.
Entrarei em ebulição quando a saudade ascender.
Mas é da corda mais deliciosa, com um cheiro maravilhoso,
onde dormimos encaixados, deliramos e somos depravados,
que sinto mais falta.
Em matéria de amor, não há fórmulas eficazes,
apenas paliativos aplicáveis.
Vou me livrar. Deixar de amar.
Puta doença filha da puta.
Vou me livrar. Deixar de amar.
Puta doença filha da puta.
* (dedicado à uma amiga enforcada)
3 comentários:
Amiga enforcada?
Suas palavras são muito intensas. Elas afrouxam ou apertam a corda do enforcamento?
Intensidade deveria ser teu nome do meio....
Tanta intensidade...a corda se soltou ou apertou?
Pensando aqui...
Beijos
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