O aborto sócio-eleitoral

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:
Que o tema "aborto" é um daqueles que são defendidos ou atacados com veemência, todos sabem. Basta uma simples menção ao assunto que logo pipocam opiniões fervorosas dos dois lados. Agora, o assunto voltou a povoar as rodas de conversa por conta do segundo turno eleitoral. Enquanto um candidato critica o outro por opinião favorável à descriminalização, a sociedade espera que alguém tenha coragem o suficiente para assumir seus ideais e conceitos sobre o polêmico assunto.

Em um Estado laico, a decisão de "quando começa a vida" deveria ser tomada sem a influência de religiões. Não somos uma teocracia. Ou somos? Ou queremos ser? Vejamos o Irã e o quanto ter uma religião como "oficial" pode afetar o desenvolvimento de um país.

Alguém que queira ser presidente de uma nação laica, não pode se pautar em preceitos religiosos para cuidar de um assunto de saúde pública. Até porque temos religiões que tratam como pecado um segundo casamento, por exemplo. Se formos nos pautar pela religião, então, nossa Justiça não aceitaria que divorciados se casassem novamente. Ou não aceitariam que camisinhas fossem comercializadas, já que há religiões que se colocam contra o uso de preservativos. A sociedade precisa se atualizar e a religião empaca o download dessa atualização. Religiões engessam o progresso social.

Me causa medo vermos um assunto tão urgente quanto a descriminalização do aborto ser vista sob a luz da religião. Avançamos ao aprovarmos os estudos das células-tronco, contrariando as investidas das igrejas, mas regredimos ao abaixar a mente para o peso da cruz sob os votos.

E me causa ainda mais medo ver pessoas mudando seu voto por conta disso e não por causa do "resto": clientelismo, corrupção, cabide de emprego, tráfico de influência, tentativa de perpetuação do poder, ataques à liberdade de expressão e afins. Isso tudo é visto como normal um candidato oferecer. Mas se colocar contra o aborto ser crime não é aceitável aos olhos do eleitor. Roubar dinheiro público pode, abortar não.

Mas pergunto a você que está lendo esse texto: acha justo o aborto ser um crime? Dá pra transformar uma mulher que aborta em uma criminosa? Será que ao descriminalizar o aborto, não estaríamos amparando mulheres que abortam por não ter apoio e amparo?

Descriminalizando o aborto, muitas mulheres poderiam até mudar a decisão de abortar se conseguissem ajuda social e mental. Se uma mulher quiser abortar e isso não for um crime, poderá ir a um hospital e ter toda a triagem social e mental. E amparo.

Se uma mulher que abortou tivesse acompanhamento psicológico, social e médico, poderia até continuar com a gravidez. Tratando o aborto como um problema de saúde pública e não como um crime, poderíamos evitar mortes desnecessárias. Mortes de fetos e mães. Cada caso precisa ser analisado como um caso particular. Por isso um sistema de saúde pública voltado para esse problema se faz necessário.

O que não pode é ser taxativo: fez aborto, é assassina. Não podemos generalizar. Cada pessoa tem uma condição moral\educacional diferente. Se aborta por falta de condições mentais, um psicólogo poderia ajudar. Se for por falta de dinheiro, uma assistente social poderia ajudar. E se ainda assim ela quiser abortar, deveria ter o direito a ter atendimento médico. Mas é mais fácil proibir. Proibindo ele não acontece. Né? Vamos proibir o aborto e transformá-lo em um crime hediondo. Pronto. Assim ele não acontece. Ninguém irá abortar. Né?

Não estou banalizando o aborto ou eximindo de responsabilidade aquelas que mulheres que não se previnem. Uma coisa é abortar por falta de condições mentais e emocionais. Outra coisa é abortar por simples capricho estético. Mas em qualquer um dos casos, a mulher terá de lidar com o peso de sua decisão. Mas que lide sem que a sociedade imponha a ela o mesmo rótulo daqueles que puxam gatilhos por dívidas de drogas ou que esfaqueiam por possessão amorosa.

Se hoje a lei abre brecha para casos específicos como gestação de anencéfalos ou gerados de um estupro é porque houve o entendimento social e jurídico de que precisaria abrir esse "porém". Afinal, há igreja que não permite sequer o aborto de uma criança que irá nascer sem cérebro. É justo uma mãe passar por isso? Dar à luz uma criança para enterrá-la logo em seguida?

Não, não é justo. Mas a religião está pouco se lixando para isso. Está apenas preocupada em manter regimentos criados por homens há 20 séculos, como se fossem inalteráveis e inatingíveis pela ação do crescimento do pensamento.

Se uma mulher que eu conheço me falar que vai abortar ou abortou, não a tratarei como criminosa nem como vítima. Apenas darei amparo. E eu realmente que você, mesmo contrário ao aborto, faça o mesmo quando alguém lhe confiar esse segredo. Não julgue. Apenas ampare. Ela já terá de passar por um trauma ao fazer isso. Não precisará de seu dedo apontado em riste. Desça dos degraus da moralidade e do conservadorismo. Saia do século 15 e comece a ver a sociedade como ela é.

Abortos acontecem, sendo "crime" ou não. E mulheres morrem por causa disso. Quando não morrem, ficam com sequelas físicas irreversíveis, devido aos cuidados de açougueiros humanos travestidos de médicos de garagem.

Abra os olhos para sua realidade. Seja qual for seu Deus.

23 comentários:

  1. Bruna Salis disse...
  2. Sou contra a descriminalização do aborto pelo simples fato de ver no ato um atentado contra a vida.
    Concordo quando você diz que havendo a descriminalização poderia haver uma reversão de alguns processos. Ok. Mas penso que essa "reversão" deveria acontecer antes da gestação acontecer. Através da educação e conscientização da população.
    Em relação à religião, só ressalto que não me baseio em um ou outro dogma para pensar dessa forma. Sou cristã, antes de qq religião. E como cristã, não aceito o Aborto. Isso não significa dizer que atirarei pedras em quem comete. Que as classificarei como assassinas. Cada um tem uma história e não cabe a nenhum de nós julgar a conduta alheia. Só acho que acima de qualquer forma de viver, a vida deve ser valorizada.

  3. Anônimo disse...
  4. TACHAR: censurar, acusar, botar defeito em;
    TAXAR: estabelecer um preço, um imposto, tributar.

  5. Alvaro Leme disse...
  6. Caro, se homem engravidasse, aborto já seria liberado há muuuito tempo.

    É fácil criticar quem quer abortar quando não é a gente que vai ter que parir e criar um filho indesejado.

    Sou pela livre escolha. Minhas irmãs, que são católicas, não fariam. Mas penso que quem não é religioso deve ter a opção. Caso contrário, estaríamos obrigando alguém não-religioso a seguir preceitos que não são dele.

  7. Camila disse...
  8. Adorei o texto e concordo com tudo o que disse. Já falei várias vezes que, não é pq sou a favor do aborto, como a Dilma, que meu voto é dela, pq as outras propostas não me agradam. Acho que antes de discutir o aborto, deveriam discutir o sistema de saúde pública, que é pobre e escasso, adotar medidas de planejamento familiar, para dai sim começar a analisar a descriminalização do aborto.

  9. Anônimo disse...
  10. Mulher nenhuma faz aborto por prazer. É uma alternativa dolorida, mas uma alternativa que resta. Criar um filho no desamor, na falta, na dor. Me parece muito mais criminoso. Esta distância estabelecida entre aborto e pilula do dia seguinte me irrita. São a mesma coisa.São o suspiro pós-erro, pré-erro ainda maior. Julgar é muito mais fácil que compreender. Ver o todo. Racionalizar. Nossa igreja é hipócrita e arcaica.

  11. Camila disse...
  12. Não tinha lido o comentário do Alvaro, e ele disse tudo: quem não é religioso, deve ter opção. Por que devo aceitar uma lei feita sobre os pilares de uma religião que não sigo? Por que ela determina as leis do país? Isso é muito mais complicado do que a questão do aborto.

  13. Carol Viana disse...
  14. Concordo com a Bruna e com o Àlvaro. Sou católica, cristã. Cada um sabe o peso da sua fé. Concordo que a prevenção e a conscientização são as melhores saídas.
    Mas penso também que o mundo não é ideal. E pessoas morrem todos os dias ou ficam com sequelas seríssimas por causa de abortos mal feitos. O que fazer?
    Fechar os olhos para essa realidade? Nos apoiarmos em dogmas religiosos? Ora, a pessoa q fiozer o aborto ( a mulher, né,Álvaro, bem lembrado) já terá que lidar com a lembrança do ato, com o peso da decisão para o resto da vida. Já conheci mulheres que fizeram e relatam que nunca, mas nunca esquecem do ato, de nada.
    Então, não dá pra julgar e pensar só no aspecto religioso. Que é importante para algumas pessoas, como pra mim, por exemplo.
    Mas pode não ser para a Fulana e por isso, ela tem q se sujeitar a clandestinidade e correr riscos?
    Cada caso é um caso particular e deve ser tratado como tal...
    Eu consigo separar minha visão religiosa da opinião pública. As consequências vão ser sofridas de qualquer maneira, então, que haja pelo menos amparo no sentido de SAÚDE PÚBLICA.
    A conscientização eh a longo prazo.. descriminalização com responsabilidade eh pra curto prazo.. caráter de urgência.

  15. @ninascafutto disse...
  16. É exatamente isso: aborto não é questão de religião mas, sim, de saúde pública.
    Sou católica, mas nem por isso sigo ao pé da letra todos os preceitos da religião.
    Acho que a legalização não fará com que o número de abortos aumente. Quem quer abortar, aborta. Sejamos realistas, minha gente!
    Até acredito que a descriminalização do aborto seja uma forma de refletir bastante - e com sobriedade - acerca deste assunto polêmico.
    Pra mim, é simples: ou transforma o Estado em católico e condena o aborto, ou faz valer o Estado laico e descriminaliza o aborto.

  17. Amiga da onça disse...
  18. O assunto é realmente polemico, de uma forma bastante rudimentar eu arriscaria dizer. O crime para mim não está no ato em si, uma vez que o que justifica a criminalização ou não está relacionado com a “criança” em geração, mas a meu ver, muito mais desumano é deixar nascer e jogar no lixo.
    Sim, sou cristã e tem uma coisa que a Bruninha disse que é certo, não cabe a mim a posição de julgadora e por isso não transfiro para ninguém mais este posto.
    Não sou contra ou a favor ao aborto, sou, sim, completamente a favor da escolha, é claro que investir em educação pode ser decisivo no futuro para questões como esta, mas ainda assim precisamos ter liberdade sobre nossos corpos, não por capricho, mas existem infinidades de motivos que levam uma mulher a optar pelo aborto e esta opção deveria ser respeitada pelo menos pelos órgãos de saúde.
    Mas questões como esta serão sempre discutíveis e dificilmente haverá alguém capaz de assumir uma posição que fuja dos preceitos hoje adotados.

  19. Natalia disse...
  20. Pensando assim... então,médicos que “desligam os aparelhos” de pessoas que teoricamente não teriam mais chances de sobreviver, são criminosos?
    Esse é um tema muito,muito complicado de se abordar e sinceramente acho ridícula a posição dos candidatos no momento. Partindo do principio que o Estado é laico, o que seria melhor... um governante criacionista,ou um ateu?
    O perigo de um governo onde o "cabeça" é criacionista são questões importantes que devem ser debatidas, como controle de natalidade, Aborto que podem sofrer influências dos princípios da crença. E um governo onde o 'cabeça' é um ateu, teria menos resistência pra um plebiscito. Ateu não tem fé. Não cre em sobrenatural. Um ateu enfrentaria a idéia de um plebiscito ( ACHO EU ) em temas tabus, o Criacionista jamais aceitaria governar num país onde o ABORTO é legal por exemplo. Vai contra seu princípio BÁSICO.
    Minha cabeça fica a mil por hora com esses assuntos, que me perdoem os cristãos mas Darwin, me parece mais seguro que o Genesis. Até pode ser que um criacionista seja um bom governante até porque não me vem na cabeça agora um governante ateu mas em questões como essas é sempre bom ter mais de uma visão de escolha e religião é MASSA... CEGA. Ter um pensamento,tomar decisões por “falta de opção” é preguiça. Burrice.
    Conheci mulheres que abortaram... O pai estupra a filha, a engravida, vergonha,humilhação, opta pelo aborto, sofre mais maus tratos, quase morre e depois de TUDO isso, ainda ganha um dedo na cara da sociedade... e isso é justo? Isso é de “Deus”?

  21. @isabel_meyer disse...
  22. Para começar sou TOTALMENTE a favor do aborto, se a religião não permite, pau no cu dela, desculpando o termo.

    È engraçado ler comentarios de pessoas que se orgulham de ser religiosas dizendo que a religião não permite e bla bla bla.

    Pergunto a essas pessoas se elas são virgens? se usam camisinha? se tomam anticoncepcionl? Pq ou se segue uma religião e bate no peito falando que é "cristão" ou não é... não tem meio termo.

    É muito facil julgar as pessoas, esse caso da gravida que entrou na justiça para tirar o feto sem cerebro e o pedido foi NEGADO é o fim da picada... pra que isso? Então essa mulher vai ter uma gravidez dificil, dolorida, e depois do parto vai enterrar a criança, unica e exclusivamente pq a lei é antiquada e feita e apoiada por supostos moralistas?


    Tenho uma amiga que fez aborto com um açougueiro da vida quando ela era nova, ela não pode mais ser mãe... algumas pessoas vão ler isso e pensar: bem feito pra ela... E digo, hj ela tem dois filhos lindos que foram adotados... NINGUÉM aborta pq quer, sempre tem ou tera algum motivo para isso... cabe a gente respeitar a opinião alheia.


    E outra não é pq o aborto poderia ser legalizado que toda gravida vai la e vai abortar...É apenas uma segurança a saude da mulher...

    Temos centenas de casos de gente que foi estuprada, que tem feto com problemas, e varios outros casos... pra que tanto sofrimento? Jã não basta o que essas pessoas ja passaram e passarão depois de abortarem?

    E quem quer abortar o fara... sendo legalizado ou não, a diferença é se a mulher vai sobreviver ao aborto ou não.

  23. Lola disse...
  24. Não quis ler os comentários pra não me deixar levar somente concordando ou não, ou até criticando alguém... Até pq, opinião é igual a c*, né? Cada um é que sabe da sua....

    Enfim... Sou católica, mas não levo essa questão para o lado religioso. Tenho é minha opinião formada sobre o fato de que o aborto é uma forma de "assassinato" sim. NA MINHA OPINIÃO. Independente de quando exatamente aquele ser ganhou vida, se é que podemos falar assim, ele tá ali, com o coração batendo e com o organismo em formação. Todo mundo sabe que o sexo é uma forma de REPRODUÇÃO e que ele vai resultar NISSO, se não usar um método contraceptivo...

    O aborto deve ser discriminalizado a partir do momento que se torna método anticoncepcional....Vemos pessoas que transam sem proteção e, depois, simplesmente decidem tirar. Depois, vão transar de novo (óbvio) e tirar mais uma vez... E falo isso porque convivo com uma pessoa que tem um filho de um namorado e ficou grávida outras 2 vezes, abortando essas últimas.... Fica sendo um "uso" indiscriminado do método...
    O que deve haver é uma conscientização de modos de prevenção.... Sei que a maioria das pessoas (pra não dizer TODAS) conhece cada um desses métodos, mas, por razões diversas (e inconsequentes), acabam não usando.

    Agora, no caso de doenças.... Já ouvi casos de que o bebê ia nascer com um certo tipo de problema que somente sobreviveria por poucos dias e, no fim das contas, conseguiu ainda viver alguns anos... Ok, ninguém consegue prever nada, mas, pq não dar a possibilidade da vida nem que por alguns momentos praquele ser humano? Ele tem um propósito de estar ali, ou vcs realmente acham que a gente veio aqui a troco de nada, pra nada?

    O aborto, PARA MIM, deveria ser legalizado para evitar que tantas mulheres sofressem ou morressem, concordo com vc... Também acho que deve haver um acompanhamento psicológico e tal... Mas, ANTES DISSO, deve-se saber que NÃO É UM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL.....

    Particulamente, não sei o que EU faria numa situação que me colocasse essa opção (doença, estupro, gravidez indesejada)... Por isso não julgo ninguém que o faz. Aliás, nem é só por conta do aborto... Todo mundo tem é que sentar no rabo pra falar do outro... Só quando estamos ali, frente ao problema é que saberemos o que é melhor pra cada um de nós...

    Por isso acho que esse assunto deve ser discutido com base social, largando ideais e religião pra lá... Como o Estado pode amparar essas mulheres? É isso que deve ser discutido.

    Muito bom seu texto, Felipe....!

  25. Fran Alves disse...
  26. Nossa , muito bom o seu texto .

    Amparar e cuidar das mulheres e não julgar, como se fosse toda a fonte de sabedoria do mundo . Entender a realidade da sociedade como um todo , sem preconceito e egoísmo.

  27. Rafa Ariane disse...
  28. Não sou religiosa. Não gosto de religião. Mas sou totalmente contra a descriminalização do aborto. Matar um feto é matar um ser humano. Não é pq existem roubos, furtos e assassinatos q nós vamos ter q achar isso normal e simplesmente descriminalizar. Temos q ter responsabilidades pelos nossos atos. Tudo o q fazemos gera consequencia. A consequencia mais branda de um ato sexual s/ preservativo é a gravidez. Todos sabem disso! As mulheres q abortam não são coitadinhas, são irresponsáveis.

  29. Tânia disse...
  30. Gostei muito do texto e concordo que a discussão deva ocorrer, na medida do possível, sem parâmetros religiosos e moralistas.
    O que me preocupa, muito, nesta linha de raciocínio é que, daqui a pouco, vamos descriminalizar o assassinato, o roubo, o tráfico. O roubo até já deixou de ser crime extra0ficialmente, desde que se roube bastante.
    Se pensarmos que assassinos, ladrões e traficantes também passam por dificuldades sociais e mentais e que precisam de amparo e de uma condução diferente para o seu problema, podemos desembocar na descriminalização do crime.
    Se o aborto precisa ser liberado porque ele acontece, alguém pode "resolver" que a cocaína vai ser vendida no supermercado para "reabilitar, incluir, amparar" o traficante.
    Só para pensar...
    Abraço
    Tânia

  31. Anônimo disse...
  32. Eu sou contra o aborto, salvo os casos de estupro, por um simples motivo: hoje em dia a prevenção de gravidez indesejada é gratuita, salvo que pelo menos camisinha é possivel obter em postos de saúde, pelo menos no Paraná e em São Paulo. Não acho correto alguém pagar com a vida pelo erro de outros dois.

  33. Anônimo disse...
  34. Anônimo postou:
    "... Nossa igreja é hipócrita e arcaica."

    Mas infelizmente não é só a igreja q é hipócrita e arcaica, a sociedade também!

  35. Felipe Voigt disse...
  36. Tava demorando pra alguém usar o caso de Franca como bandeira contra o aborto em casos de anencéfalos. Um único caso e virou baluarte... Ninguém vive sem cérebro. Nem mesmo nesse caso a criança sobreviveu.

  37. Fabi C. disse...
  38. errata)
    Está havendo uma polarização nessa discussão.
    Quem é contra não é necessariamente religioso ou conservador.
    O que deveria ser feito é um investimento em educação sexual, métodos preventivos (pílulas, vasectomia, ligação das trompas, pílula do dia seguinte, etc).
    A palavra é: INFORMAÇÃO.
    Leio muito que "mães" morrem ao realizar abortos em clínicas clandestinas... MÃE é quem ampara, protege, cuida, dá carinho, atenção ao filho. Portanto, não são "mães" e, sim, mulheres que não querem ser "mães".
    Agora, vamos olhar por outro ponto de vista... E o novo ser em desenvolvimento? Seria justo com ele?
    Prevenir seria muito mais aconselhável do que remediar. E isso é possível e viável.
    E em qualquer coisa que fazemos nesta vida é preciso responsabilidade e o arcar das consequências desses atos.

  39. Felipe Voigt disse...
  40. Sobre esse caso específico de Franca, eu já havia escrito algo aqui, em 2006.
    http://questaodeordem.blogspot.com/2006/12/cone-anti-aborto.html->

  41. sevenseven disse...
  42. O aborto tem de ser descriminalizado SIM. Conheço casos de mulheres que passaram pela gestação sem o apoio do pai, da família, tanto financeiro quanto moral, aí eu pergunto, O que essa criança vai crescer pensando ? E essa mãe ? Existem uma série de problemas que cercam mães e seus filhos de gravidez indesejada. Por que uma mãe é obrigada a cuidar de uma criança, por exemplo, com anencefalia, que só causara dor e transtorno para os pais ? Coloque-se no lugar de uma mãe nesse caso, ou no caso de estupro. Quantas são as mães que sofrem de depressão pós-parto em nosso país ? Por que não evitar tudo isso ? Por que não o amparo como o Felipe disse aqui ? Você só sabe como é uma situação quando passa por ela, não saia julgando alguém pelo o que você ACHA, esse negócio de achar é um mal do brasileiro. Nosso país necessita de uma mudança drástica, e é na mente de seu povo, e não apenas nesses três tópicos (descriminalização do aborto, da maconha, e a lei contra a homofobia) que andam repercutindo os dias atuais com seus debates, mas sim no que se diz respeito aos DIREITOS individuais do ser humano. E por favor, não venham me julgar depois. Só pra constar, sou católica, acredito acima de tudo em Deus e acredito que pecado maior é trazer uma criança inocente ao mundo pra sofrer.

  43. Anônimo disse...
  44. CONCORDO COM ABORTO DE MULHERES ESTUPRADAS E DE CRANÇAS . AS MULHERES ESTUPRADAS FORAM FORÇADAS, USADAS, E FICAR COM O FILHO DE UM DOENTE MENTAL OU UM BANDIDO? NUNCA ,JAMAIS ! JÁ NO CASO DE UMA CRIANÇA ,SÓ SE DIFERENCIA DE UMA ADULTA NA INOSCENCIA PQ SERIA UMA BONEQUINHA BRINCANDO COM UMA OUTRA BONEQUINHA: SÓ QUE DE CARNE E OSSO.QUE CRIMES HEDIONDOS!...MAS EXISTEM CASOS EM QUE AS MULHERES SE DESCUIDAM ESQUECEM DA PÍLULA ETC...AI EU NÃO POSSO OPINAR: NESTE CASO A DECISÃO SERIA DELAS.ESTAVAM CIENTES.

  45. Anônimo disse...
  46. PS: PARABÉNS PELO TEMA EM QUESTÃO!
    ME EMOCIONEI E COMO ANÔNIMA TERMINO AQUI MEU COMENTÁRIO QUE FIZ ACIMA.
    GRANDE ABRAÇO.

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