A ferroada do meu medo

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:

Todo esse medo de agora
essa agonia que me assola
e me bate feito estaca nova
cravada em terra crua
Pois desconheço alguém sozinho
que esteja feliz em ser assim
Temo seguir desta maneira
até minha vida ter seu fim

Quem cuidará deste corpo meu
quando a mente minha sucumbir?
Quem guardará minhas coisas?
Quem irá olhar por mim?

Inda jovem, optei
por manter-me sempre aqui
Sempre perto, sempre ao lado
Ao redor dos que junto nasci
Temo a ida de minha mãe
Em seguida a de meu pai
Minhas irmãs terão suas proles
Não quero ser um peso a mais
Mas por ora, sigo inerte no terror
Ofuscado pela aferroada do temor
Impactado pelo medo iminente
Atordoado por essa vespa insolente

Se alguém ainda achar as linhas minhas
Quando alguém reler os versos meus
Responda agora, sem demora:
Quem guardará minhas coisas?
Quem virá olhar por mim?


1 comentários:

  1. Evelyn Paparelli disse...
  2. Exatamente o que te disse sobre solidão ontem...um tema que vive rondando a minha porta. E o pior não é deixar de fazer por nao ter alguem e sim nao ter com quem compartilhar o que se faz! Pra quem deixar, quem vai cuidar...
    "...Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele, eu vou cuidar do seu jardim...e de voce e de mim..."

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