Políticos quase sempre enchem o saco

Posted: | Por Felipe Voigt |
Muitos políticos gostam de levantar o assunto “ética na profissão” toda vez que são questionados pela imprensa sobre determinados atos. Não é difícil para os jornalistas presenciarem discursos acalorados sobre sua conduta em determinada matéria ou coluna de opinião. Basta o teor do texto mostrar alguma irregularidade que os eleitos pelo povo correm questionar: “Você não está sendo ético”.

Mas, até onde um detentor de cargo público eletivo tem reais condições de analisar a ética alheia? Até que ponto um político pode questionar as atitudes de profissionais da imprensa quando eles mesmos não dão o exemplo necessário? Ou até onde o jornalista tem responsabilidade (leia-se culpa) pela matéria publicada, quando esta apenas transcreveu atitudes tomadas por esses políticos?

Não é admissível que pessoas indicadas para defender o uso do dinheiro público ainda se utilizem de expedientes como ameaças e recados indiretos. Quando uma pessoa de dispõe a se candidatar a um cargo eletivo, precisa estar consciente do que isso irá causar em sua vida. A população não é obrigada a aceitar que problemas pessoais interfiram na aplicação de benfeitorias e na solução dos problemas coletivos.

Antes de cobrar ética nos meios de comunicação, é preciso que todos eles hajam com a mesma ética cobrada. Ou seja: não usar dinheiro público para benefício próprio; não fazer acordos monstruosos para privilegiar duas ou três empresas; não abusar do direito do cargo para se dar bem na vida.

Afinal, tudo isso é antiético, é imoral, é ilegal e engorda!

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