- Mesmo quando chupei a policial
semanas atrás não foi assim...
Foi o que bastou para Helena perder o
foco da discussão e se concentrar apenas na cena de Fil chupando uma policial
em sua cama.
- Mas quem é essa? – perguntou,
disfarçando a distração.
- Você não conhece... mas foi apenas
isso que aconteceu. O fato é: o que estou exemplificando mostra que...
- E quando foi isso? –
interrompeu a moça, ao se ajeitar no sofá onde repousava sua cabeça recém refém
de dores.
- Em janeiro... mas o
que isso faz diferença, porra? Tô te falando que o fato de ter me envolvido com
poucas mulheres não muda meu discernimento sobre o que posso esperar pra mim. A
chupada na policial foi apenas um tópico.
- Mas onde foi isso?
- Aqui em casa... enfim,
não preciso ter várias experiências para comprovar uma tese e um fato.
- Sinto muito, Fil...
mas não consigo pensar em outra coisa a não ser em você chupando essa policial.
Helena era bissexual - e qual mulher não o é em alguma fase da vida? - e
isso sempre surgia à tona quando o assunto era sexo e mulheres. Chegava a
parecer um típico homem clássico, perdendo todo o foco apenas porque uma buceta
e uma língua foram inseridas no contexto.
Dez minutos depois, os dois estavam
na cama. Enquanto ela o chupava, ele apenas tentava ditar o ritmo. Quase que em
vão: a cada investida, Helena consumia o que tinha em mãos, sem sequer olhar em
volta ou para cima. Estava finalmente focada em algo. Foram longos os minutos e
foram longas as investidas.
Após fazê-la gozar em sua boca, tendo
seu rosto travado entre suas pernas e um pedido de clemência por dois minutos,
ela pediu um cigarro e uma água.
- Esse seu jogo eu conheço bem...
você é manipulador ao me persuadir.
- Eu? Jogando? Só porque fiquei com
vontade de você? Gozou e ainda tá reclamando, mulher?
- Não. Mas é que você
sabe que me entrego à loucura ao imaginar o homem que tenho com outra mulher.
Não tenho ciúme quando é algo que eu autorize e incentive e busque.
- Chega a ser uma obsessão isso, não?
Ter esse controle até sobre o prazer de quem divide a cama contigo? – se deitou
ele sobre as pernas ainda trêmulas pelo orgasmo.
- Não: é apenas minha
forma de conduzir a paixão.
- E o que a te fez me chupar
dessa forma? Apenas a imagem minha chupando outra? Isso porque nem dei detalhes
e nem foi com essa conotação erótica que você viu...
- Não, meu anjo: é que
não há nada mais excitante do que você tão autoconfiante assim ao se dispor a
dizer que é foda fazendo uma mulher gozar. Eu sei disso, por isso me empolgo.
- Hum... entendi...
então acaba seu cigarro porque ainda não terminei.
Naquele dia, Fil não
tomou banho antes de dormir. Era bom relembrar aromas e sabores ao se deitar
naquela mesma cama.
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