As bodas de um ogro...

Sim, hoje é meu aniversário... completo 28 anos.

E sim, considero o aniversário o seu "Reveillon" particular e que deve ser comemorado como tal! Mas nunca fui de fazer eventos, sabe? Juntar pessoas e celebrar com festa. Não gosto de presenciar pessoas que gostam de mim apenas uma vez no ano...

Prefiro me retirar, me isolar e fazer uma análise do último ano vivido e o que me espera o próximo. Às vezes até consigo me dar um bom presente e aprender algo assim!

Já aprendi que não adianta querer mudar alguém, que isso irá apenas te iludir e se foder no final... afinal, ninguém muda! Ou você se adapta ou está com alguém adaptado. Identificar isso o quanto antes irá te poupar de muitas frustrações.

Aprendi também que não importa o quanto você tente agradar aos outros: no final, nada estará bom o suficiente! O melhor é mandar a opinião alheia pra casa do caralho e ser sempre autêntico, mesmo que isso signifique ter poucos amigos. Você é o que você pensa e não o que pensam de você...

Ainda aprendi nesses anos que, depois de um tempo, as críticas passam a ser menos criativas e mais repetitivas. Logo, dificilmente alguém conseguirá te ofender profundamente... Quando você consegue notar o cenário em que a crítica se formou, ela se transforma em elogio. Afinal, alguém que se preze a vir te criticar é porque ficou incomodado a ponto de vir revidar. E isso é a melhor forma de elogio: você está sendo notado!

Com isso, entendi que os elogios passam a te desmontar quando sinceros e inesperados. Você passa a identificá-los melhor e surgem de onde você menos espera, de quem você menos imagina. E que isso irá te fazer repensar, mesmo que por alguns minutos, sua impressão do mundo! Mas logo você retoma a consciência e percebe que são apenas exceção da regra... benditas exceções, diga-se de passagem.

Por isso não espero, e nunca esperei, presentes. Presentes funcionam como um potencial bélico financeiro, onde a pessoa que o dá tenta provar que, quanto mais caro o presente, mais ela gosta de você. Ledo engano...

Também aprendi que as parabenizações se resumem sempre ao mesmo: felicidades, muitos anos de vida, saúde, paz, amor, luz e prosperidade. Como eu já ouvi isso há 19 dias, me soa tudo muito clichê e cansativo. Mas algumas dessas parabenizações realmente te desejam isso. E passam a não serem lugar-comum, manja? Elas soam... diferentes das demais. E te fazem sorrir, mesmo que timidamente.

Só sei que vivo sem saber de nada... a cada opinião que formo, algo vem me contradizer. Por isso é tão cruelmente doce viver! 28 anos já foram: que venham os próximos 28!

E pau no cu de Saturno: se quiser retornar, que me traga um engradado gelado, porra!