Imagine-se num barco em alto mar.
Você, marujo de primeira viagem, conta com apenas uma pessoa na tripulação.
Que também é inexperiente no velejar.
Vocês enfrentam tempestades em algumas noites.
Apreciam lindos horizontes em várias manhãs.
Contemplam estrelas e a lua em outras noites.
Passam por tardes nubladas e cinzentas em outros dias.
Muitos mentiram pra vocês e disseram que a viagem seria tranquila e sem grandes tormentas.
Outros foram realistas e até ousaram dizer que o barco foi feito para afundar após um tempo em mares desconhecidos.
Mesmo assim, você e seu tripulante insistiram em levantar a âncora e seguir em direção ao vento.
E depois de um ano, ainda estão se acostumando com os percalços enfrentados diariamente.
Há dias em que você dorme na proa e ele na popa.
Em outros, ambos dividem a cabine do capitão.
Há épocas em que seu tripulante assume o timão... e você se sente um reles lacaio.
Em outros, você deixa aflorar seu lado Barba Negra e se sente um verdadeiro corsário.
Há ainda aqueles dias em que você sente saudade da terra firme e promete às estrelas que irá aportar no primeiro porto seguro que encontrar.
Mas, inexplicavelmente, seguem a viagem. Por qual o motivo? Qual a intenção em se lançar nessa odisséia controversa, arriscada, instigante e fascinante?
Muitos alegam que o destino final faz valer a pena enfrentar a onda mais forte e o vento mais ingrato.
Eu não tenho essa ilusão. Não sei qual o destino do meu pequeno barco.
Sinto que se soubéssemos onde a viagem acaba, talvez nem tivessemos levantado âncora.
Mas, o que posso afirmar com certeza, é que todos nós embarcamos pelo mesmo motivo: o simples prazer de velejar acompanhado.
Explorar o desconhecido, travar batalhas contra você mesmo... e ser questionado em sua índole, seu caráter e seus conceitos. Enfrentar você mesmo. E conviver com a dúvida de que se isso é bom... ou é ruim.
Pode ser que afunde. Pode ser que encontre um arquipélago divino.
Outros tripulantes podem se juntar na embarcação durante o velejo.
Ou você pode ainda saltar, com um colete salva-vidas atrelado a ela caso queira voltar.
Mas você sabe que no fundo, tudo o que importa é navegar.
Sábado fiz um ano de casado. E ainda estamos navegando.
À minha parceira de convés, meu muito obrigado.
Apenas acendo uma vela
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
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| Quem sou eu
"Sou a antítese de mim mesmo! Aquilo que me diferencia é o que me escraviza!"
* Editor-chefe de um jornal semanal, já fui produtor e diretor de TV, comentarista politico em rádio, balconista de boteco e o caralho que você imaginar. Só não fui michê por falta de cliente!
* Não estou filiado a nenhum partido político nem tenho pretensões de me candidatar a qualquer cargo público eletivo. Sou somente mais um jornalista metido a falar besteira sobre qualquer coisa!
* Ouço e toco blues, jogo pôquer, bilhar e não estou preocupado com o que vão pensar sobre minhas opiniões aqui escritas.
* Ou seja: FODA-SE!
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3 comentários:
Sempre soube que vc tinha uma sensibilidade muito forte. Apesar de alguns dizerem que vc tinha filosofia de botequim. Bonita esta declaração de Amor p Ana.
Parabens pelo poema.
Janjão
parabéns pela boda de papel...
Caro Felipe!!!!
Navegar é preciso!
Hasta lá vista...
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