Peguei a dica da Rosana, a Hermann. Houve um tempo, no início da faculdade de jornalismo, em que eu era totalmente contrário aos jornalistas-sem-diploma. Mas, depois de pelo menos 4 anos na labuta da prática e sem os conformismos da teoria, vejo que diploma é apenas um complemento. Não se faz um jornalista apenas porque possui diploma. Fosse assim, não veria tantas topeiras se formando todos os anos... Será que podem bater no peito e dizerem que são jornalistas apenas pelo fato de terem um diploma?
Leia o texto da Cora Rónai sobre o assunto. E veja se tem como discordar...
O que penso a respeito dos diplomas
Ontem ficou uma certa dúvida no ar a respeito da minha posição a respeito da obrigatoriedade de diplomas de comunicação para jornalistas. Esclareço melhor:
Sou a favor do registro de jornalista. Como se conseguia isso quando fui trabalhar em jornal? Trabalhando por um mínimo de três anos, e a pedido do orgão de comunicação. A esse pedido eram acrescentadas matérias, fotos, páginas, enfim -- aquilo que o candidato a jornalista tivesse produzido. Aprendia-se na prática diária; e, devo dizer, boa parte das pessoas que achavam que davam para a coisa caiam fora antes dos três anos regulamentares, porque jornalismo não é para diletantes.
Jornalismo, no entanto, é para quem tem vocação. Acho que o bom jornalista já nasce com as características necessárias ao exercício da profissão, como insistência, garra, disposição para o trabalho, uma vontade imperiosa de contar aos outros o que viu e uma curiosidade verdadeiramente malsã.
Antigamente, pessoas com essas características, mas formadas nas mais diversas profissões, acabavam atraídas pelo jornalismo: médicos, advogados, economistas.
Quanto ao diploma de comunicação, não sou apenas contra; sou absolutamente contra, radicalmente contra. Os cursos de comunicação tendem a ser feitos por pessoas de um mesmo nível social, que acabam aprendendo mais ou menos as mesmas coisas. Acho, no entanto, que as redações teriam muito a ganhar com uma bio-diversidade maior, e a conseqüente pluralidade de visões que viria daí.
Isso não quer dizer que o jornalismo não seja uma profissão de nível superior. A bagagem cultural do bom jornalista é maior do que qualquer faculdade pode ensinar, e a sua atualização constante é um imperativo. Hoje, porém, criou-se a idéia de que as pessoas só aprendem alguma coisa se forem para a universidade. Há toda uma questão sócio-ecônomica envolvida nisso.
Não vou brigar contra os tempos; mas por que, em vez do curso de comunicação, um jornalista não poderia fazer um ano de pós-graduação, digamos, depois de se formar em qualquer outra coisa? Nessa pós-graduação seria ensinado aquilo que, nos velhos tempos, a gente aprendia aos trancos e barrancos, na redação: como redigir uma matéria, diagramar uma página, fazer títulos, subtítulos e legendas, e o que mais se fizesse necessário.
Acho que mesmo essa alternativa é restritiva, porque obriga à necessidade de um diploma; mas pelo menos ela traria para as redações pessoas com formações muito diferentes e, conseqüentemente, pontos de vista diferentes em relação ao mundo.
Apenas acendo uma vela
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
| Procura aí...
| Quem sou eu
"Sou a antítese de mim mesmo! Aquilo que me diferencia é o que me escraviza!"
* Editor-chefe de um jornal semanal, já fui produtor e diretor de TV, comentarista politico em rádio, balconista de boteco e o caralho que você imaginar. Só não fui michê por falta de cliente!
* Não estou filiado a nenhum partido político nem tenho pretensões de me candidatar a qualquer cargo público eletivo. Sou somente mais um jornalista metido a falar besteira sobre qualquer coisa!
* Ouço e toco blues, jogo pôquer, bilhar e não estou preocupado com o que vão pensar sobre minhas opiniões aqui escritas.
* Ou seja: FODA-SE!
| O que rola por aqui
- O que penso (86)
- Poemas (59)
- Velhas Virgens (38)
- #ContosDoOgro (11)
- Para alguém (9)
- Campanha (3)
- Top11 (3)
- Meu livro (2)
| Arquivo
| Seguidores
| Postagens populares
-
Cara Cláudia, Tive o desprazer de ler sua postagem sobre as criticas recebidas por seu show no Rock in Rio . E confesso que me assustei com...
-
Sensacional! Clique na foto para ver mais... "A cidade de Mirny tem tudo para ser honrada com o título de "Fiofó do mundo". P...
-
Uma homenagem ao meu brother Paulão!
-
" E ntão você quer ser um pirata… ao optar por ser um de nós, vo cê assume algumas obrigações: certas condutas e atitudes que devem ser...
-
Nesses dois sites você pode responder a uma série de questões e saber qual super-herói ou vilão seria nas HQs... Veja os meus resultados: Yo...
-
Confesso que passei muitos anos da minha vida tentando entender as mulheres. E ainda estou tentando aprender um pouco mais sobre esses seres...
-
De brincadeira, resolvi fazer uma interativa com as mulheres que me seguem no Twitter. Perguntei: Queridas damas do meu Twitter, me tirem um...
-
“Eram 69 poemas vagabundos” é a prova de que a obra pode – e deve! - sempre superar o autor. Previsto para serem apenas, como o nome diz...
-
Calma, o título do post não é uma alucinação minha. É do Paulão, vocalista das Velhas Virgens, que lança na próxima segunda-feira, 8 de agos...
-
Vendo a ministra Dilma Rousseff agora na TV, cheguei a uma conclusão assustadora: ela usa a máscara de Loki. Tá me perguntando: " que p...
1 comentários:
Caro amigo Felipe!
Interessante e verdadeira a sua postura. O que você sugeriu, na realidade, é o sitema americano de formar jornalistas. Ou seja, lá também (nos EUA)existe a obrigatoriedade da formação para jornalistas em Universidade. Ou seja, o diploma é obrigatório. Só que a exigência é diferente: para cursar Jornalismo e ter direito ao diploma, o cidadão já deve ter passado por outra faculdade de qualquer campo do conhecimento (História - é a mais comum; Fisica, Geografia, Medicina, etc.). Ele cursa mais dois anos, como numa pós-graduação e ai se torna um jornalista. A mais famosa de lá, se não me engano, é a Universidade de Columbia. Acredito ser esse o melhor método. Pelo menos dá mais consistência e conhecimento ao cidadão. Como você disse, se o cara não tem o "dom", não consegue ser jornalista. Ou vai ser um jornalista burocrático, que faz matérias com telefone e atrás de uma escrivaninha. Só para você ter uma idéia, quando entrei na universidade, éramos em 120 no ciclo básico; quando dividiu éramos apenas 60 (15 para Jornalismo e 45 para Relações Públicas). Desses 15 que se formaram, apenas cinco foram para o mercado de trabalho. Eu sou um deles. Um abraço e espero ter contribuido para a discussão.
Postar um comentário