Saiu em 1980, outros três bateras vieram, dois de sensacional técnica, um que ficou mais tempo com a banda que o próprio Peter e que saiu apenas porque morreu.
Mas a aura o Catman continuou lá, sem ser preenchida... Em 1996 ele voltou a tocar com a banda e saiu novamente no ano passado. Hoje, Eric Singer assume as baquetas novamente, como fez após a morte de Eric Carr. E assumiu também a maquiagem do Catman, gerando uma discussão que não cabe aqui.
Atualmente, a saída mais sentida por mim no mundo do rock foi a do baterista Lips, da melhor banda brasileira: as Velhas Virgens. Ainda não foi possível saber exatamente o motivo e razão que levaram Lips a tomar essa decisão. Mas a saída será muito sentida por aqueles que acompanham a saga desses caras. E olha, bicho, não é fácil.
A banda existe há 20 anos... o Lips estava nela há 16. Chegou na fase em que resolveram virar, de fato, uma banda pra fazer shows e gravar álbuns. Notoriamente o mais bêbado da galera, de um ano pra cá Lips fechou o barril e aposentou o abridor de garrafas. Talvez fosse o difícil fardo a ser carregado por viver no mundo etílico 25 horas por dia, mas o fato é que naquele corpo, álcool não entra mais. E isso muda muita coisa em se tratando de Velhas Virgens.
Musicalmente, Lips é, para mim, o Peter Criss das VV. Estilo reto, batida certa e básica. Exatamente o que a banda precisava. Agora não sei como vai ser. Um novo cara assumiu, era roadie da banda há uns seis meses. Dizem que tá se saindo bem. Mas o estilão do Lips vai fazer falta.
O lance é que precisa haver tesão para tocar. Sem isso, não rola. Querer levar a vida de músico independente como emprego normal, daqueles que você chega, faz o serviço, é pago e vai embora, não funciona.
E precisa ter amizade, companheirismo pra sacar o que o outro está sentido, relevar os problemas e agregar camaradagem. Mas quando essas coisas faltam, tudo fica mais foda ainda. A ponto de deixar outros integrantes perto da decisão de deixar a banda também. Felizmente, isso foi contornado e não aconteceu.
Eu queria ver o Paulão falar sobre isso aqui nesse espaço. E se possível, o próprio Lips. Vamos ver... mas é fato consumado: tem batera novo nas VV e ele se chama Simon!
Welcome to real world, man...
3 comentários:
O que vou dizer...ele saiu e óbvio que havia conflito...como vc disse não é fácil viver esta doideira que são as VV, a independencia, o rock brasileiro, o Brasil, a vida...o que posso te garantir é que só fico onde sou ( e estou) feliz...incluindo o planeta Terra...imagino que ele pense o mesmo...o Simon tá muito bem e o rock continua...
Sou fanzaço da banda. As minhas melhores farras tiveram de trilha sonora os Velhas Virgens.
Já perdi a conta dos show que assisti e só tenho lembranças boas de todos eles.
Já fazia um bom tempo que não ia a um show do VV e não esta acompanhando a banda, esposa grávida e minha filhinha nasceu, então sai um pouco do mundo de shows por um tempo para curtir a esposa e a filhota.
E foi o VV os responsáveis pelo meu primeiro "balão" que eu e minha esposa demos na filhota hehehe (melhor aproveitar agora, porque daqui um tempo vai ser ela que vai estar dando balão na gente).
Deixamos ela com a avó e fomos curtir VV.
Show muito bom, bom demais. Só que notei que o Lips não estava na batera e hoje foi ver se tinha alguma notícia e cheguei aqui.
Gostava do Lips também, tanto que notei a falta dele assim que a banda entrou no palco. Uma pena....
Lembro-me de um show no Café Aurora que ele mal ficava em pé de tão bêbado, heheheheh E eu no fim do show quase chego no mesmo estágio etílico dele.
Pusta dó, vai ser fogo ver o fim dos show aqui em sorocaba sem ele cantar minha vida é rock n roll!
quebra aquela imagem de banda de "truta" que era o VV.
Mas espero que baterista novo seja tao legal quanto o antigo (so vi um show com ele ainda) e que a curtiçao nao pare.
Lips, sentiremos saudades.
Sucesso no que quer que vc apronte por ai!
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