O voto é meu e enfio onde quiser

Posted: | Por Felipe Voigt | Marcadores:

Uma campanha que traduz o sentimento de muita gente nessas eleições

Já deu no saco essa história politicamente correta de não anular o voto ou de ser contra votar em branco. Parece um movimento ensaiado por parte da mídia e de alguns setores do poder público em não querer enxergar a realidade: a sociedade, enfim, parece ser encher de tanta corrupção.

Ainda vou viver para ver o povo ditando as regras e não ser mais usado como massa de manobra. Claro que nas eleições deste ano ainda veremos as mesmas caras com as mesmas hipocrisias de sempre. Mas, de alguma forma, um sentimento de revolta foi despertado.

Depois de tantos escândalos revelados, tantas trapaças sendo colocadas no paredão, como alguém tem a coragem de exigir que tenhamos de escolher algum dos candidatos disponíveis? Aquele discurso piegas de que o voto é um direito seu e que não votando você está se isentando de responsabilidade não cola mais.

Afinal, o seu direito de questionar como seu dinheiro está sendo aplicado independe de qual destino você tenha escolhido para seu voto. Mesmo anulando ou votando em branco, o próximo presidente ainda será seu empregado. O mesmo acontece com os deputados, senadores e governadores. O imposto pago por você vai custear os gastos deles.

E como o voto é um direito constitucional, eu posso fazer o que quiser com ele. Sou obrigado a votar apenas, não sou obrigado a votar nos nomes que são apresentados. Se não concordo com nenhuma proposta, nenhuma ideologia, porque tenho de escolher o menos pior? Se numa lista de 100, todos são corruptos e com passado manchado, porque tenho de dar meu voto a um deles? Isso é voto útil? Ajudar a eleger um bandido, mesmo sendo de pequeno porte?

O blá-blá-blá daqueles que são contra os votos nulos e brancos só se justificaria se fosse facultativo o voto. Sim, se eu pudesse escolher entre ficar em casa ou ir votar, não haveria sentido em sair do sofá num domingo de manhã apenas para votar em branco. Nesse caso, haveria um desperdício de energia. Aqui se aplicaria perfeitamente o discurso do voto útil.

Enquanto isso, como posso fazer o que quiser com esse direito que me foi dado, continuarei a votar em branco quantas vezes quiser. O voto é meu e enfio onde quiser!

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