Guarde bem esse nome: Cuelho de Alice. Isso mesmo, Cuelho com u. Trata-se da mais nova empreitada do vocalista das Velhas Virgens, Paulo de Carvalho. Mas calma, fique tranquilo, ó fã da filosofia velhavirgiana. A maior banda independente do país continuará como sempre, tocando o velho roquenrol por aí e colocando o dedo na ferida.
Acontece que agora Paulão está com mais tesão ainda. E como todo bom putanheiro, uma banda apenas não basta: é preciso ter uma filial. Mas engana-se quem achar que essa nova fase será apenas um estepe para que ele possa dar uma longe da patroa.
No melhor estilo enquanto Freud explica as coisas, o Diabo fica dando uns toque, o Cuelho de Alice surge como uma boa alternativa para aqueles que estão cansados das letras e músicas que imperam hoje nas grandes gravadoras. Não vão tocar na MTV nem na 89FM, mas com certeza vão agitar o cenário independente.
Outubro é mês de lançamento do primeiro CD: Samba Russo. Com ele, virão o site e os shows. Ouvi as três faixas que recebi por e-mail do Paulão. Fiquei com tesão de ouvir as outras 11. Pegada forte, principalmente a bateria. A faixa-título já tinha sido apresentada no Festival Cultura do ano passado, quando a banda se classificou entre mais de cinco mil inscritos. Ficaram de fora por falta de coragem do júri.
Mas isso pouco importa. Já serviu para mostrar que o Cuelho de Alice abandonou aquela patricinha na estrada de tijolos amarelos e assumiu que comparece de vez em quando com a Rainha de Copas. Assim como na música, aqui o que interessa é a experiência. E esses caras tem de sobra!
Melho que ficar falando, é ouvir. Clique logo abaixo da figura acima e baixe três músicas do Samba Russo. Hospedado no TurboUpload (clique aqui caso não saiba como baixar).
Aqui você encontra fotos da gravação do CD. Abaixo, veja a entrevista que fiz com o Paulão por e-mail. O bicho já virou sócio do blog:
- Porquê Cuelho de Alice?
- Temos uma canção com este nome. O Coelho, na história de Alice no País das Maravilhas, é o guia, o elo entre a realidade e a fantasia. Esta função de dar os "toques", de mostrar os caminhos e deixar livre a escolha me agrada. Escrevemos Cuelho com u, numa referencia fálica. É meio que uma assinatura minha, do Paulão, que será sempre um canalha simpático.
- Como surgiu a idéia de montar a banda?
- Eu estava bem insatisfeito com as coisas na Velhas Virgens. Não estava me dando bem com alguns integrantes. Também estava descontente com o sistema "excessivamente" democrático dentro da banda. Em arte (e música é arte, ainda que seja rock'n'roll) democracia demais cria problemas. Por outro lado, estava a fim de trabalhar mais o lado musical de algumas músicas e voltar a tocar baixo, coisa que fazia no início das VV. Chamei Fabio Haddad, guitarrista e produtor de vários CDs das Velhas e grande amigo. Com ele chamei também Neto Botelho, baterista eclético, com experiencias que vão de reggae a surf music e hard rock. Basicamente, queria um guitarrista fritador e um baterista demolidor. Juntei a isso meu baixo pesado e reto, letras que são crônicas do comportamento humano e saiu da toca o Cuelho de Alice. É bom frisar que esta fase "estranha" das VV passou. Estamos muito bem e unidos novamente, tanto que Cavalo, além de me apoiar muito, está lançando o CD pela Gabaju e o Caio toca cavaco em Samba Russo. Foi uma fase ruim que gerou uma coisa boa: o Cuelho!
- Como são as letras e o som? Há uma mescla de ritmos, certo?
- As letras não precisam ser tão panfletárias, explícitas e diretas quanto nas VV. Posso trabalhar temas mais cruéis ou bem humorados, com mais sutilezas, mas o som é pesado: passagens, climas, citações. Inclusive percussivas, misturando linguagens de samba, maracatu e até mesmo de música árabe. Mas basicamente rock.
- Fale um pouco sobre o CD Samba Russo?
- Samba Russo é o nome de uma canção do CD que esteve entre as 48 classificadas para o Festival Cultura de MPB que aconteceu em 2005, quando saímos de um total de 5.098 inscritos. A mistura de rock e batucada foi bem recebida pelo público, pelo Solano Ribeiro, organizador deste e de todos os grandes festivais dos anos 60 e 70 no Brasil. O compositor e cantor Zé Rodrix também nos cumprimentou. Só o juri é que não nos curtiu. Mas pra nós foi uma experiencia fantástica, participár de um festival de MPB com um quase metal. Temos 14 canções no CD. A capa faz referencia a um panfleto da antiga e comunista União Soviética. Foi idealizada pela Ju Vecchi que é esposa do Cavalo. Tá tudo em família. Tá um CD de rock do bom, pesadão como eu queria.
- Quando teremos shows da banda? Quando sai o cd e o site?
- Em outubro teremos o lançamento oficial, que sai pela gravadora do Cavalo, a Gabaju Records e tem distribuição da MNF, o mesmo esquema das VV. O site (CuelhodeAlice.com.br) deve entrar no ar na mesma época. E vamos nós pra estrada.O show terá algumas surpresas em relação ao CD, com citações de bandas gringas que todos gostamos como Kiss, Who, Led Zeppelin, White Stripes e Audioslave. Mas tem também referências como Zeca Baleiro, Monsueto Menezes/Virna Lisi, Walter Franco, Martinho da Vila...Enfim, vai ser divertido!
Da esquerda para direita: Fábio Haddad, Neto Botelho e Paulo de Carvalho
(Foto gentilmente roubada do Orkut do Fábio)
O CUELHO DE ALICE
A BANDA O CUELHO DE ALICE SURGIU DA AMIZADE E
DA CONVERGENCIA DE INTERESSES MUSICAIS DE
PAULO DE CARVALHO, FABIO HADDAD E NETO BOTELHO,
TRÊS MÚSICOS COM FORMAÇÕES E EXPERIENCIAS
MUSICAIS DIVERSAS QUE TÊM EM COMUM A ADMIRAÇÃO
PELO QUE SE CONVENCIONOU CHAMAR DE ROCK PESADO.
PAULO DE CARVALHO É HÁ 20 ANOS VOCALISTA E
PRINCIPAL COMPOSITOR DA BANDA DAS VELHAS VIRGENS,
ÍCONE DA INDEPENDENCIA DO ROCK BRASILEIRO,
COM 7 CDS E UM DVD LANÇADOS.
FÁBIO HADDAD ACUMULA EXPERIENCIAS COMO
GUITARRISTA DE BANDAS QUE VÃO DO PROGRESSIVO ("O
TERÇO") ATÉ EXPERIENCIAS COUNTRIES, SEM FALAR NA
PRODUÇÃO ARTÍSTICA DE VÁRIOS CDS E NA ATUAÇÃO COMO
TÉCNICO DE SOM DE VÁRIOS ARTÍSTAS, INCLUINDO RITA LEE.
NETO BOTELHO É PROFESSOR DE BATERIA E PERCUSSÃO,
TENDO TOCADO EM BANDAS QUE PASSAM PELO FORRÓ,
COUNTRYNEJO, SURF MUSIC, HARD ROCK E POR AÍ VAI.
O RESULTADO É UM ROCK PESADO, COM GUITARRAS
AGRESSIVAS, NITIDAMENTE INFLUENCIADAS PELO HEAVY
METAL, BATERIA E PERCUSSÕES TRIBAIS QUE EXTRAPOLAM
AS FRONTEIRAS DO ROCK BÁSICO, SOMADOS A LINHAS DE BAIXO
RETAS E CONSISTENTES E VOCAIS RASGADOS COM LETRAS QUE
VÃO DO LÍRICO AO CRUEL.
ASSIM É O CUELHO DE ALICE. UMA COISA SONORAMENTE
DENSA E PESADA CANTADA EM PORTUGUÊS.
QUANDO SE FALA EM ROCK , QUANTO MAIS PESO MELHOR.
O CUELHO DE ALICE É UMA INICIATIVA PESADA, ANTES DE
TUDO. FAZ REFERENCIA A TODAS A GRANDES BANDAS HARD ,
DESDE AS MAIS SEMINAIS, PASSANDO PELO METAL PURO, PUNK
INGLÊS, SEATTLE E POR AÍ VAI.
DENTRO DESTE CONCEITO, O CUELHINHO RECEBE AINDA
INFLUÊNCIAS PERCUSSIVAS TRIBAIS BEM BRASILEIRAS,
COM GUITARRAS GRITANTES QUE PISAM EM LINHAS DE
BAIXO RETAS E VOCAIS RASGADOS.
AS LETRAS VÃO DO LÍRICO AO CRUEL, CRIANDO UMA COISA
SONORAMENTE DENSA E PESADA CANTADA EM PORTUGUÊS.
ENTRE NA TOCA DO CUELHO DE ALICE E DESCUBRA O RESTO!
(Foto gentilmente roubada do Orkut do Fábio)
O CUELHO DE ALICE
A BANDA O CUELHO DE ALICE SURGIU DA AMIZADE E
DA CONVERGENCIA DE INTERESSES MUSICAIS DE
PAULO DE CARVALHO, FABIO HADDAD E NETO BOTELHO,
TRÊS MÚSICOS COM FORMAÇÕES E EXPERIENCIAS
MUSICAIS DIVERSAS QUE TÊM EM COMUM A ADMIRAÇÃO
PELO QUE SE CONVENCIONOU CHAMAR DE ROCK PESADO.
PAULO DE CARVALHO É HÁ 20 ANOS VOCALISTA E
PRINCIPAL COMPOSITOR DA BANDA DAS VELHAS VIRGENS,
ÍCONE DA INDEPENDENCIA DO ROCK BRASILEIRO,
COM 7 CDS E UM DVD LANÇADOS.
FÁBIO HADDAD ACUMULA EXPERIENCIAS COMO
GUITARRISTA DE BANDAS QUE VÃO DO PROGRESSIVO ("O
TERÇO") ATÉ EXPERIENCIAS COUNTRIES, SEM FALAR NA
PRODUÇÃO ARTÍSTICA DE VÁRIOS CDS E NA ATUAÇÃO COMO
TÉCNICO DE SOM DE VÁRIOS ARTÍSTAS, INCLUINDO RITA LEE.
NETO BOTELHO É PROFESSOR DE BATERIA E PERCUSSÃO,
TENDO TOCADO EM BANDAS QUE PASSAM PELO FORRÓ,
COUNTRYNEJO, SURF MUSIC, HARD ROCK E POR AÍ VAI.
O RESULTADO É UM ROCK PESADO, COM GUITARRAS
AGRESSIVAS, NITIDAMENTE INFLUENCIADAS PELO HEAVY
METAL, BATERIA E PERCUSSÕES TRIBAIS QUE EXTRAPOLAM
AS FRONTEIRAS DO ROCK BÁSICO, SOMADOS A LINHAS DE BAIXO
RETAS E CONSISTENTES E VOCAIS RASGADOS COM LETRAS QUE
VÃO DO LÍRICO AO CRUEL.
ASSIM É O CUELHO DE ALICE. UMA COISA SONORAMENTE
DENSA E PESADA CANTADA EM PORTUGUÊS.
QUANDO SE FALA EM ROCK , QUANTO MAIS PESO MELHOR.
O CUELHO DE ALICE É UMA INICIATIVA PESADA, ANTES DE
TUDO. FAZ REFERENCIA A TODAS A GRANDES BANDAS HARD ,
DESDE AS MAIS SEMINAIS, PASSANDO PELO METAL PURO, PUNK
INGLÊS, SEATTLE E POR AÍ VAI.
DENTRO DESTE CONCEITO, O CUELHINHO RECEBE AINDA
INFLUÊNCIAS PERCUSSIVAS TRIBAIS BEM BRASILEIRAS,
COM GUITARRAS GRITANTES QUE PISAM EM LINHAS DE
BAIXO RETAS E VOCAIS RASGADOS.
AS LETRAS VÃO DO LÍRICO AO CRUEL, CRIANDO UMA COISA
SONORAMENTE DENSA E PESADA CANTADA EM PORTUGUÊS.
ENTRE NA TOCA DO CUELHO DE ALICE E DESCUBRA O RESTO!
3 comentários:
Olá Felipe, parabéns pela entrevista e pela escolha, além do espaço disponibilizado para estes novos ícones do rock n' roll nacional, novo enquanto projeto, pq o nosso querido Paulão já rodou mta estrada.
Cheguei até o seu blog por indicação do Fábio no grupo das VV pelo yahoo.
Irei linkar ao meu.
Antes irei visitar o especial VV ali embaixo, sou mto fã.
Abraços,
THAISE
Criciúma-SC
Fala ae Felipe parabéns meu velho você sempre com matérias sobre VV e agora falando sobre o Cuelho.Sempre que posso dou uma passada aqui pois vejo seus tópicos nas comunidades relacionadas a VV e como grande fã estamos conferindo esse grande trabalho que você faz que é disponibilizar esse material para a gente.
Sobre Paulão nem precisamos falar nada o cara é um "show man".
Abraços e como a Thaise comentou sobre o grupo de email das VV você seria muito bem vindo abraços.
Fala Felipe, blz?
Achei do caramba o som do Cuelho de Alice e queria tocar no meu podcast. Vc tem o email do Paulão ou de algum outro integrante pra eu entrar em contato?
Abraço
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