Candidato Joselito não gosta de voto contrário

Posted: | Por Felipe Voigt |
Depois não entendem o motivo de Limeira nunca conseguir eleger um deputado. Enquanto houver interesses pessoais atrapalhando o caminho dos interesses coletivos, ficará difícil o eleitor limeirense se interessar em candidatos locais.

Peguem, por exemplo, o caso do vereador Eliseu Daniel (PSC). Em toda a cidade, são vários cartazes com seu rosto e seu número de candidato a deputado federal. Pessoas com camisas fazem sua campanha, carros trazem adesivos de apoio a sua candidatura. Tudo normal em uma eleição.

Mas algumas pessoas, que têm seus motivos, colococaram em seus carros o seguinte informe: “Eu não voto em Eliseu Daniel”. Pronto! Era o que faltava para que o vereador se colocasse sob os holofotes da injustiça e pregasse a malfadada ameaça de processo. Ontem, ingressou com uma ação de injúria contra os eleitores que se posicionaram contrários ao seu nome como deputado. Um pedido de liminar para que os adesivos fossem retirados também foi impetrado por ele na Justiça Eleitoral, mas o pedido foi negado.

Na Gazeta de Limeira de hoje, o juiz eleitoral de Limeira, Mario Sergio Menezes, disse que a frase é proibida por se tratar de apologia contra o candidato. “Você pode se manifestar contra um candidato desde que baseado em motivos concretos, explicando os fatos e não assim dessa forma aleatória”.

Mas no blog do meu amigo João Leonardi, o advogado Mário Bucci disse algo que vem ao encontro do que imaginei quando soube do caso. “Não existe nenhuma tipificação criminosa em alguém dizer escrever declarar que não vota nessa ou naquela pessoa. Da mesma forma que alguém pode declarar seu voto em um determinado candidato também pode declarar que não vota. A sua divulgação também não enseja crime, pois da mesma forma que se declara a muita gente que vota em um determinado candidato pode se dizer o contrario. O que não é permitido é dar uma qualificadora que venha ensejar injuria difamação ou calunia, do contrario é o exercício da liberdade de opinião, expressão ou como queira”.

Ou seja: assim como posso colocar uma camisa dizendo “eu voto no Peroba”, também posso colocar uma com os dizeres “eu não voto no Clodovil”. O que não pode é chamar um de velho gagá e outro de gay enrustido.

Nunca tive nada contra o Eliseu, mas pisou feio na bola com essa medida. Parece que andou aprendendo algumas coisas com a veneranda! Esse contato muito próximo com a Thatcher da laranja ainda pode lhe causar problemas, nobre edil!

Já disse aqui uma vez, mas não custa repetir: o voto é obrigatório, mas ninguém pode obrigar alguém a votar nos nomes apresentados. Se quiser votar em branco, é todo seu esse direito. Caso contrário, não haveria essa tecla na urna eletrônica.

E por mais que queiram pregar que o voto é sua arma e que se não votar em alguém não terá direitos de cobrar os governantes no futuro, faça aquilo que sua convicção mandar. Você vai pagar os salários deles de qualquer jeito, votando nos eleitos ou não. Portanto, terá todo o direito de cobrar deles medidas e soluções dos problemas. Mesmo votando em branco.

O que não pode é votar em bandido, corrupto, ladrão e filho da puta apenas porque mandaram. É preferível não escolher ninguém a ter de colocar um canalha para decidir seu futuro pelos próximos quatro anos.

PS: Estou pensando em fazer uma camisa assim:
“eu não voto nos candidatos de Limeira. Eles não aceitam brincadeira”

3 comentários:

  1. Anônimo disse...
  2. seo filipi, ólia qui eu vou ganhá o doçe.

  3. Felipe Voigt disse...
  4. doki voçe que?? doçe dileiti ou passoca?

  5. Anônimo disse...
  6. filipi, so ce num faiz questan, eu gostaria de um doçe de batata doçe. minha mae simpre cumprava na padaria da isquina di caza. as veis dava dor de barrigua, mais era saborozo e gosstozo eça golozeima doçidica.

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