Lendo a revoltante notícia do caso de Agudos, em que a mãe escondeu a gravidez da família durante toda a gestação, matou a criança e incendiou corpo do filho, não pude deixar de pensar: quem realmente merece o título de Mãe?
Como um ser humano consegue carregar dentro de si uma vida e, após dar à luz esse pequeno ser, matá-lo? Seja botando fogo, jogando em rios ou em latas de lixo, não é possível que Deus permita que esse animal possa ser colocado no mesmo patamar de outras mulheres que honram o desígnio divino de ser mãe.
Por mais piegas que pareça, precisamos dar exemplos às outras mulheres que poderão praticar os mesmo atos hediondos em qualquer futuro, seja amanhã ou na próxima década. É preciso mostrar que, além do crime espiritual e humano, há a penalidade da Justiça. Não há como pensar em outra coisa a não ser em pena de morte.
Crucifixe-as na mídia, mostre como a Justiça pune esses crimes, deixe futuras mães irresponsáveis com medo de fazer mal ao filho recém-nascido. É preciso fixar no consciente coletivo que a nenhuma mulher é obrigada a ficar com o filho que pariu, mas isso não lhe dá licença para matar.
Com tantas mulheres, homens e casais querendo adotar crianças, o mais plausível seria encaminhar a criança para adoção. Ou, caso não tenha coragem de mostrar o rosto e assumir as conseqüências dos atos, pelo menos deixe-a em um local seguro e de fácil localização. Uma delegacia, posto de saúde, hospital, qualquer lugar para que essa criança seja encontrada cinco minutos depois.
Não pode ser possível que isso esteja acontecendo em uma semana que se comemora o Dia das Mães. Por mais comercial que seja, a data ainda serve como período de inspiração e reflexão a todos.
Tenho dois sobrinhos, um com 7 e outra com 11 anos. Além deles, acompanhei o nascimento de dois sobrinhos da minha noiva. De um, inclusive, tive o prazer de acompanhar o parto ao vivo. E não há como não deixar que coisas tão pequenas tomem conta de você e faça de você um bobo. Tenho um amigo-irmão que está radiante com o nascimento de sua segunda sobrinha. Fico imaginando como seremos quando formos pais... mais babões, impossível.
Um desses dois sobrinhos da Ana está com pouco mais de um ano, quase um ano e meio. O prazer em brincar com ele justifica qualquer coisa. Deixo de ir para academia ou outro compromisso para tomar conta dele quando seus pais precisam. Deixo de sair num sábado à noite para ficar em sua companhia.
Minha sobrinha mais velha está entrando na adolescência, mas ainda lembro-me do dia em que chegou aqui em casa. Nasceu prematura e ficou 14 dias na maternidade. Minha primeira reação, aos 12 anos de idade, foi tentar entender como um ser daquele tamanho podia chamar toda a atenção do ambiente para si. Está gravada na memória a imagem de sua mão segurando meu dedo. Mal preenchia uma falange do dedo.
Não consigo aceitar que mulheres como essas possam tomar atitudes tão drásticas contra seres humanos que ainda não fizeram nada que justificasse tais atos. Mesmo elas, hoje tão indignas de compaixão, já foram um dia crianças que despertaram amor em outros. Mesmo assim, não seria certo que suas mães fizessem o mesmo que fizeram.
Por fim, fica a dúvida: onde está o erro? Sinceramente, não consigo sequer pensar em hipóteses.
Apenas acendo uma vela
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
perto do interruptor.
Você precisa da coragem
para ir e ascender sua vida.
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"Sou a antítese de mim mesmo! Aquilo que me diferencia é o que me escraviza!"
* Editor-chefe de um jornal semanal, já fui produtor e diretor de TV, comentarista politico em rádio, balconista de boteco e o caralho que você imaginar. Só não fui michê por falta de cliente!
* Não estou filiado a nenhum partido político nem tenho pretensões de me candidatar a qualquer cargo público eletivo. Sou somente mais um jornalista metido a falar besteira sobre qualquer coisa!
* Ouço e toco blues, jogo pôquer, bilhar e não estou preocupado com o que vão pensar sobre minhas opiniões aqui escritas.
* Ou seja: FODA-SE!
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